3º Encontro Viva a Matemática

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Oradores

António Bivar

Doutorado em Matemática (1982), foi docente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa entre 1975 e 2009 (ano em que se aposentou), professor associado desde 1987; foi docente da Universidade Lusíada entre 2009 e 2013. Tem publicações na área dos operadores diferenciais lineares da Física-Matemática e é autor de manuais universitários na área da Análise Matemática e Teoria do Operadores. Foi presidente do Departamento de Matemática da FCUL de 1993 a 1995 e durante cinco anos coordenador dos mestrados em Matemática para o Ensino e depois em Matemática para Professores da FCUL. Foi co-autor do Programa e Metas Curriculares de Matemática para o Ensino Básico de 2013 e do Programa e Metas Curriculares de Matemática-A para o Ensino Secundário de 2014.

Circo Matemático

O Circo Matemático, secção autónoma da Associação Ludus, nasceu em 30 de Janeiro de 2011. Desde essa data que pretende maravilhar, divertir e atrair pessoas de qualquer idade para a matemática mediante a realização de actividades lúdicas variadas e sofisticadas. Mais do que qualquer outra coisa, a magia matemática é mostrada e levada à cena. Esta abordagem circense tem sido bastante bem sucedida – uma pequena ilustração do conceito pode ser vista aqui: Circo Matemático | Jorge Nuno Silva | TEDxLisboaED

Joana Teixeira

A minha paixão por matemática já vem desde o 5º ano, e no 7º tornei-me também apaixonada por física. Tendo concluindo o secundário no Colégio de São Tomás em 2013, segui para Londres, onde estou agora a estudar no Imperial College. Terminei o segundo ano do curso de física com física teórica, do qual estou a gostar imenso. O que mais me fascina é o facto de, em física, se tentar explicar aquilo que acontece usando matemática, como se o próprio mundo “pensasse” nesta linguagem, mas dando-lhe sempre o sentido físico daquilo que se observa.
Tenho um grande interesse na área de física teórica, bem como na de neurociência computacional. Fiz um estágio na Fundação Champalimaud nesta última que achei interessantíssimo, sobretudo pelo facto de ser possível descrever o comportamento de uma rede de neurónios partindo simplesmente de uma função que se pretende minimizar, mais uma vez não esquecendo a biologia por trás do sistema.
Durante estes últimos dois anos, fiz parte de duas organizações que promovem o gosto por diversas disciplinas em várias escolas de Londres, tendo dado explicações tanto de matemática como de física.

  • Luís Pedro Duarte

    Sempre gostei de matemática, mas foi no 9º ano, quando cheguei mais longe nas olimpíadas e entrei para o projecto Delfos onde comecei a ter contacto com pessoas que sabiam muito mais que eu do assunto, que desenvolvi um verdadeiro gosto pela matemática. Fiz parte da equipa portuguesa nas Olimpíadas Internacionais por 3 anos e nas Iberoamericanas por 2 anos, tendo obtido várias medalhas. Vou agora entrar para o 3º ano do curso de Matemática Aplicada e Computação no IST, com o objectivo de no futuro vir a ser um professor universitário e investigador numa área da matemática que me agrade.
    Gosto da matemática pela sua beleza e pela magia que é resolver um problema que nos cativa. O meu agrado vai mais para as partes abstractas e aqueles problemas em que o que é visivel é a sua natureza matemática e não a aplicação que poderá ter na vida real.

  • Lurdes Figueiral

    Licenciada em Matemática pela faculdade de ciências da Universidade do Porto onde também realizou o Mestrado em Matemática para Professores que finalizou com uma dissertação sobre alguns aspetos que relacionam a Matemática com a Arquitetura, denominada Da beleza buscada à beleza construída: medidas e formas da beleza.
    Natural do Porto, é professora de Matemática há cerca de 30 anos e, desde 1998, pertence ao quadro da Escola Artística de Soares dos Reis (Porto). Tem trabalhado também em outros locais: uma passagem de 10 anos pelo Alentejo onde esteve por sua opção, um trabalho de investigação em Bruxelas durante um ano em que lhe foi concedida licença sabática, uma colaboração com a Universidade Símon Bolívar (Caracas) como professora convidada de Didática da Geometria no âmbito de um projeto internacional de apoio à formação pós-graduada de professores de matemática venezuelanos, foram alguns dos projetos em que se envolveu, para além do trabalho na Associação de Professores de Matemática da qual se fez sócia em 1986, destacando-se aqui a sua participação no Seminário de Milfontes sobre a “Renovação do Currículo de Matemática” (1988) e colaborações em vários ProfMats e encontros regionais, na Revista Educação & Matemática e em cargos da Associação. É atualmente, e desde 2012, presidente da direção da APM.

  • Máximo Ferreira

    Máximo Ferreira é físico com especialização em Astronomia (FCUL) e mestre em Museologia (Deutches Museum). É Diretor do Centro Ciência Viva de Constância-Parque de Astronomia e membro fundador da ASTRO-Associação Portuguesa para o Ensino da Astronomia. É autor de vários livros como O Pequeno Livro da Astronomia ou Para a História da Astronomia em Portugal. É co-autor da Introdução à Astronomia e às Observações Astronómicas, já na sétima edição.

  • Pedro Freitas

    Pedro J. Freitas é Professor Auxiliar do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Doutorou-se em Matemática, em 1999, na University of Illinois at Chicago. Para além de trabalho de regência de cadeiras e investigação em matemática, fundamentalmente em áreas de álgebra, dedica-se também a assuntos de divulgação, ensino e matemática recreativa.

    Rogério Martins

    Rogério Martins é o autor e apresentador do programa “Isto é matemática” na SIC Notícias, um programa totalmente dedicado à divulgação da Matemática, que foi nomeado para um prémio da Sociedade Portuguesa de Autores, na categoria de Melhor Programa de Entretenimento em Televisão, recebeu a Homenagem especial Ver Ciência 2013 no Brasil e o Prémio Ciência Viva – Montepio. É também a voz dos vídeos da Khan Academy Portugal, um conjunto de vídeos pedagógicos cuja tradução está a ser apresentada pela Fundação Portugal Telecom. Foi considerado, pelo jornal Expresso, um dos 100 portugueses mais influentes de 2012.
    É professor e investigador no Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa. Estudou na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde obteve o grau de Doutor em Matemática, tendo o seu Doutoramento incidido sobre Sistemas Dinâmicos e Equações Diferenciais. Cursou, também, na University of Birmingham, Inglaterra.

    Programa

    9h15

    Abertura

    9h30-10h00

    Da Beleza Buscada

    Lurdes Figueiral

    10h00-10h30

    De Euclides a Newton, vincando órbitas planetárias numa folha de papel

    António Bivar

      Break
    11h00-11h30

    A Teoria da Relatividade e o Teorema de Pitágoras

    Joana Teixeira

    11h30-12h00

    Circo Matemático

      Almoço
    14h00-14h30

    A minha bicicleta calcula áreas!

    Rogério Martins

    14h30-15h00

    A Matemática do Painel Começar de Almada Negreiros

    Pedro Freitas

      Break
    15h30-16h00

    Um sentido para a matemática

    Luís Pedro Duarte

    16h00-16h30

    A medição do tempo

    Máximo Ferreira

    Cocktail de encerramento
  • Lurdes Figueiral

    Da Beleza buscada

    Na nossa cultura, a busca da beleza esteve desde muito cedo estreitamente relacionada com regularidades numéricas e proporções.
    Nesta apresentação proponho-me fazer uma breve viagem, de Pitágoras aos nossos dias, mas com especial incidência no período helénico e no renascimento, sobre esta busca. Faço-o acompanhada por matemáticos e filósofos, mas sobretudo por aqueles que procuraram as suas concretizações nos tratados de arquitetura, especialmente Vitrúvio, Alberti e Palladio.
    Por fim, salto ao século XX e retomo essa mesma questão com a ajuda de Le Corbusier, Hans van der Laan, Vera Spinadel, entre outros.

  • António Bivar

    De Euclides a Newton, vincando órbitas planetárias numa folha de papel

    O grande matemático do século XX Vladimir Arnold (1937-2010) abriu uma conferência que proferiu no Palais de la Découverte em Paris a 7/3/1997 intitulada «On teaching mathematics» com as seguintes afirmações tão profundas quanto polémicas: «Mathematics is a part of physics. Physics is an experimental science, a part of natural science. Mathematics is the part of physics where experiments are cheap». Pretende-se de alguma maneira ilustrar este ponto de vista e revelar outros aspectos fundamentais da natureza da Matemática, colhendo a inspiração numa famosa aula do físico Richard Feynman; mostra-se como conhecimentos elementares de Geometria Euclidiana, ao nível do Ensino Básico, permitem desvendar partes essenciais do pensamento de Newton quando demonstrou que dos princípios básicos da Mecânica clássica que postulou se podem deduzir as leis de Kepler das órbitas planetárias. Ver-se-á como vincos numa folha de papel, feitos de acordo com regras simples, permitem materializar algumas destas ideias.

  • Joana Teixeira

    A Teoria da Relatividade e o Teorema de Pitágoras

    Einstein - provavelmente o nome do físico mais falado por toda a gente. Relatividade - provavelmente o nome da teoria em física de que mais gente ouviu falar.
    Quando existem duas teorias que parecem certas, mas que não são consistentes uma com a outra, os físicos desconfiam. Um problema como este surgiu quando se provou que a luz tinha uma velocidade constante, mas isso não respeitava as leis de Newton, nas quais o espaço e o tempo eram absolutos. Depois de várias hipóteses para resolver o problema, Einstein propôs a teoria da relatividade: a velocidade da luz é constante, mas o tempo e o espaço não são absolutos. Nesta apresentação, proponho seguir um argumento geométrico que, baseado no teorema de Pitágoras, permite chegar à equação que mostra como o tempo, de facto, não é tão absoluto como Newton pensava; e o espaço também não.

  • Rogério Martins

    A minha bicicleta calcula áreas!

    Nesta palestra falaremos de bicicletas, máquinas a pedais e, claro, de matemática.
    Vamos ver que o Sherlock também se engana, pelo menos em matéria de bicicletas. Caso para dizer: “Não tão elementar meu caro Holmes!”.
    Mais! Vamos ver, ao vivo, o estranho caso da bicicleta que sabe calcular áreas.

  • Pedro Freitas

    A Matemática do Painel "Começar" de Almada Negreiros

    O monumental painel "Começar", que pode ser visto no átrio da Fundação Gulbenkian, é uma das obras de arte portuguesas mais emblemáticas do século XX, sendo o seu conteúdo completamente geométrico. Nesta palestra desvendamos um pouco a matemática que está presente no painel, enquadrando-a no pensamento de Almada.


  • Luís Pedro Duarte

    Um sentido para a matemática

    Venho falar sobre o que eu penso sobre a matemática e da presença que tem tido na minha vida. Falarei da minha experiência como olímpico e também de como fui ganhando esta atracção pela matemática... este gosto... e de como tem sido e continuará a ser importante para mim. Ao mesmo tempo, tentarei falar daquilo que eu mais gosto nesta área, do que significa para mim, da sua beleza e dos vários sentidos que lhe tenho vindo a dar ao longo dos tempos.

  • Máximo Ferreira

    A medição do tempo

    As primeiras noções de “tempo” terão surgido nos povos pré-históricos como resultado da observação do percurso do Sol que, em cada “dia”, aparecia numa determinada direção do horizonte e se elevava até certo limite, ocultando-se no lado oposto, depois de ter proporcionado um período adequado à obtenção de alimentos baseados na caça e na recolha de plantas e frutos.
    A curiosidade despertada pela observação de fenómenos naturais e de milhares de pontos luminosos que salpicavam a região situada por sobre as suas cabeças terá levado à perceção do “ocaso helíaco” da maioria das estrelas e à verificação de que, ao fim de uma longa sequência de dias, o céu voltava a apresentar o mesmo aspeto, após o ocaso do Sol. Estabelecia-se, assim, uma nova unidade de tempo – o “ano” – considerando-se, na visão geocêntrica do mundo, só desfeita no século XVII, que tal número de dias correspondia ao tempo gasto pelo Sol para completar uma volta em torno da Terra.
    O relacionamento da orientação de sombras de árvores, utensílios e outros objectos expostos ao Sol com os diversos momentos do dia terá levado à construção de relógios de Sol, cujo rigor evoluiu à medida que as observações metódicas permitiam uma melhor relação com o “tempo do Sol”, em cada época do ano.
    As exigências próprias do espírito da Renascença e das necessidades relacionadas com as navegações por mar – em particular a determinação da longitude – e a afirmação da teoria heliocêntrica, levaram ao conhecimento da velocidade variável da Terra em volta do Sol, à identificação das razões de diferenças inconstantes entre a “hora do Sol” e uma medida média mais ajustada à vida atual e ao desejo de produzir relógios mais apropriados.
    O notável rigor alcançado pelos mais avançados instrumentos mecânicos acabaria por não satisfazer algumas das necessidades modernas, do que resultou a produção de relógios atómicos, constituindo-se assim no mais sofisticado meio de “controlar” as nossas vidas, resultado da vontade – nascida há séculos - de “medir o tempo”.

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